quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Via Fácil com vida fácil

Em minha recente experiência trabalhando como consultor uma atividade rotineira eram viagens. Em sua grande maioria, no meu caso, eram viagens de carro dentro do estado de São Paulo. Pela necessidade, acabei me tornando um usuário do sistema Sem Parar da Via Fácil.

Na última terça-feira, indo para a minha aula de Mestrado, discuti com dois amigos que estavam viajando comigo sobre o quão genial é esse sistema. Minha visão sobre o sistema como um todo era muito positiva. O sistema entrega valor aos usuários a um custo muito baixo. Quem usa o sistema tem motivos para ficar satisfeito. Os benefícios são inúmeros: economia de tempo nas viagens por não precisar entrar em filas, parar e efetuar o pagamento de pedágios, não há preocupação em sacar dinheiro antecipadamente para pagar pedágio, não há risco de ser assaltado ao pagar o pedágio... enfim, um ótimo serviço a um custo muito baixo.

Pois eles me fizeram enxergar de uma outra maneira, pela óptica da Via Fácil. Além de fornecer um serviço que entrega muito valor ao cliente final pelas razões já citadas acima, a Via Fácil ainda ganha em dobro. O crescimento do número de usuários em função da qualidade e utilidade do serviço é impressionante, cerca de 20% ao ano. Em Dezembro de 2009 eram 2,5 milhões de usuários. Em 2010 o faturamento foi de singelos R$3,775 bilhões!! Pouco menos de R$1 bilhão foi re-investido. Façam as contas do que sobra de lucro.

Além do faturamento astronômico, devemos computar um outro ganho gigante: com o crescente aumento do número de usuários torna-se cada vez menor a necessidade de funcionários recolhendo pagamentos em pedágios. Para mim, que passei um bom tempo em estradas nos últimos anos, esse é um fenômeno visível. De 1 cabine para o Sem Parar no início, várias praças operam hoje com 4 cabines dedicadas. Já vi praças com 6 cabines dedicadas. São 4, 6 pessoas a menos por turno de trabalho. Façamos as contas disso nos 15.000Km de rodovias que a Via Fácil presta serviço. São vários milhões de reais a menos de despesas com mão-de-obra.

Sempre ouvi e hoje tenho consciência da importância de garantir fluxo contínuo nas empresas, mas tenho certeza que nunca verei uma melhoria em prol do Fluxo Contínuo gerar tamanho retorno financeiro como o desse caso...

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Repassando... hospitais em foco!

Na coluna da Época Negócios dessa semana, José Roberto Ferro, presidente do Lean Institute Brasil, explora os problemas da má gestão hospitalar em nosso país. Vejam a matéria no link abaixo:

http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Visao/noticia/2012/08/hospitais-comecando-sair-da-uti.html

Passei por situações parecidas com a que ele descreve em sua coluna.Vejam as matérias nos links abaixo:

http://leanparatodos.blogspot.com.br/2010/12/hospitais-sem-sofrimentos.html
http://leanparatodos.blogspot.com.br/2011/02/sistema-de-saude-doente.html

Existem casos de sucesso nos Estados Unidos e esperamos ver mais casos de sucesso, como o do Instituto Oncológico do Vale, de São José dos Campos, apresentado no último Lean Summit Brasil.

Nos dias 05 e 06 de Novembro terei o prazer de palestrar no 6º Forum Nacional de Lean (www.6fnl.grupolean.com.br). Aproveitarei a oportunidade para ver um case que será apresentado, do Hospital Albert Einstein de São Paulo.

Acho legal dividir a matéria para salientar que é um assunto que vem ganhando espaço e foco de profissionais que trabalham com melhoria contínua em uma área onde todos saem ganhando.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Impacto da falta de 5S

Hoje pude novamente comprovar a importância de um bom 5S e como ele pode mesmo impactar os indicadores de performance de qualquer empresa/pessoa. Além disso, também senti na pele o impacto de não se seguir uma instrução de trabalho, por mais simples que possa parecer.

Pela manhã tive que buscar um colega na casa dele para dar uma carona. Era a primeira vez que eu fazia isso, portanto, eu não sabia muito bem onde ele morava. Peguei o endereço e recorri ao bom e velho Guia de Ruas e seus mapas para encontrar a localização. Por sorte o local é bem perto de onde moro. Pelas minhas contas, em 15 minutos, no máximo, eu chegaria na casa dele. O real foi bem diferente disso. Vou ilustrar os problemas que enfrentei:

1 - Problema no 2ºS (senso de ordenação): a rua teve uma recente mudança de sentido e, com isso, a numeração da rua foi totalmente invertida, ou seja, a casa 15 foi para o lugar da 181 e vice-versa. Com isso, várias casas estavam com duas numerações, outras estavam sem nenhuma, o que tornava praticamente impossível saber exatamente onde ficava uma determinada casa.

2 - Problema no 4ºS (senso de padronização): com a mudança de numeração, todo o padrão foi perdido. A numeração no começo da rua começava pelo fim o que causou-me confusão por não seguir o padrão conhecido.

3 - Problema no 5ºS (senso de disciplina): tudo isso já vem ocorrendo há algum tempo. Meu colega inclusive me confidenciou que os correios tem enfrentado problemas para entregar as cartas nas casas. Mesmo com essa situação, estão todos conformados com a situação e ninguém trabalha para voltar à situação normal.

O resultado de toda essa confusão causada por falha nos 5S foi que dos 15 minutos previstos, levei 30 minutos para encontrar meu colega. Impacto direto no meu indicador de prazo. Imaginem situações semelhantes a essa em ambientes de manufatura ou escritórios. Certeza que o impacto de problemas semelhantes é bem parecido.